segunda-feira, 22 de junho de 2009

Audiência pública discute festas de momo da capital














Por Leila Sousa

Por uma maior organização das folias de momo, foi realizada audiência pública com representantes das escolas de samba de Teresina, para discutir novidades no carnaval da capital em 2010.

A audiência requerida pelos vereadores Rodrigo Martins e Edvaldo Marques, foi uma oportunidade para todos que fazem ou dizem gostar do carnaval de Teresina pudessem discutir e formular uma política que revitalize a festa de momo em nossa cidade.

Presente no evento, um dos representantes da escola de samba- Sambão - Joel Pereira (o Joca) diz que muitas idéias estão sendo trabalhadas para o carnaval 2010. Segundo ele, as folias de momo do ano que vem devem ser repletas de novidades. “A gente está com muitas idéias para não ficarmos sendo só apêndice do poder público , mas como empresas privadas, grupos empresariais que querem participar do carnaval como patrocinadores”, informa Joca.

O cantor e compositor, Zé Marques, participante da escola de samba – brasa samba - afirma que a audiência foi uma oportunidade de amadurecimento de várias questões no carnaval de Teresina, principalmente pra trazer ao público uma maior valorização do carnaval, festa tão presente na cultura brasileira.



Camelôs pedem adiamento da transferência para shopping


Por Pollyanna Carvalho


Uma comissão de camelôs do centro da cidade levará ao Ministério Público, na manhã dessa segunda-feira (22) um relatório e um abaixo-assinado pedindo que seja adiada a transferência dos ambulantes para o shopping da cidade. A data estipulada pela prefeitura para dá inicio à transferência seria essa quinta-feira (25).

Os ambulantes fazem uma caminhada pelas ruas do centro da cidade e deverão encerrá-la no Ministério Público, onde entregarão o relatório que mostra irregularidades que prejudicarão os ambulantes, caso sejam transferidos na data prevista.

“A questão da acessibilidade dos clientes estará prejudicada, já que a entrada principal do shopping está interditada por conta das obras do metrô que ainda não foram concluídas”, disse Erico Luís, um dos camelôs que participa do protesto, acrescentando que isso prejudicará as vendas no local.

Além disso, será entregue um abaixo assinado com mais de 400 assinaturas reivindicando o adiamento da transferência dos ambulantes para o shopping da cidade.

Mídia é poder

Samara Costa

Imprensa, comunicação, poder, democracia, termos a serem analisados e discutidos. Diversas são as formas de poder: o político, o econômico, o coercitivo e o simbólico. Montesquieu classificou os poderes em legislativo, executivo e judiciário. A imprensa por muito tempo foi considerada como o quarto poder, mas com a atual dissociação dos poderes, essa afirmação está ultrapassada.


Hoje se têm a “sociedade da informação”, na qual todos podem se comunicar (atores econômicos, sociais, políticos, culturais) e onde os limites entre o público e o privado estão cada vez mais estreitos. Apesar disso deve-se admitir que a mídia tem poder, algo significativo. Ela pode construir reputações e governos assim como também destruí-los. As instituições, sejam elas financeiras ou políticas, percebem esse poder e passam a produzir informações a seu favor e isso acaba fazendo com que os jornalistas corram o risco de se tornarem apenas mediadores, sem criticidade do que estão informando.


A mídia atual gera desconfiança, pois a informação se tornou uma mercadoria, valendo mais a rapidez com que é transmitida que sua veracidade. Devido às pressões do mercado os informantes sociais acabam não tendo tempo de filtrar a veracidade dos fatos e conseqüentemente cometem vários equívocos, acarretando perda de credibilidade. Além de tudo isso, a mídia ainda impõe a seu público um discurso publicitário esmagador, que traz consigo a espetacularização, levando os meios a mediocridade. Segundo Ignacio Ramonet: o discurso comercial é uma ideologia que trata de vender um modelo de vida; isso enfatiza a falta de liberdade das pessoas consumidoras do produto midiático. E os jornalistas preocupam-se com as pressões dos grandes grupos midiáticos e para não perder publicidade acabam deixando seu público a mercê de programações apelativas e sem cunho social.


A mídia tem poder, como já foi explícito anteriormente, mas o público não é passivo e sabe analisar o conteúdo que recebe por isso a detentora da informação utiliza-se de artifícios para mascarar o que é exposto, bombardeando os cidadãos com muitas informações para que esses não fiquem atentos ao que está sendo omitido. Aos cidadãos só resta confrontar o discurso dos diversos meios, que quase sempre é bem parecido. E como informação é poder, pode-se verificar que ela torna a desigualdade mais gritante, dividindo a população entre os que a detém e os que não. E isso não é nada democrático.